por Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Os impactos das mudanças climáticas em diferentes regiões do Brasil e do mundo reacendem o debate sobre a necessidade de uma governança ambiental global que viabilize a continuidade da vida. Esta é uma visão realista, considerando as marcas que temos deixado no planeta e um cenário em que eventos climáticos extremos serão cada vez mais comuns e catastróficos, caso não mudemos o nosso modo de ser e de interagir com o ambiente natural enquanto sociedade. É inadiável a elaboração e a implementação de estratégias de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Embora o direito à educação seja afetado em diferentes dimensões com as mudanças climáticas, com perdas materiais, abalos estruturais, dificuldades para a atuação dos profissionais em educação, riscos e agravos para a saúde física e mental das comunidades escolares, não há um plano setorial de mitigação e adaptação no âmbito das Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas.
Ainda, há imensos desafios na garantia de acesso à educação dos estudantes nas condições de refugiados climáticos. O fluxo de pessoas que transitam de uma região inundada para outra região mais segura, exemplificando o que atualmente está acontecendo no RS, frequentemente ocorre às custas do distanciamento escolar.
O sistema climático está em transformação. Mesmo que os Estados assumam efetivamente o compromisso de preservar o meio ambiente e de implementar ações efetivas para reduzir e estabilizar a concentração dos gases de efeito estufa (GEE), as mudanças climáticas ainda serão uma realidade. É urgente a adoção de medidas de mitigação e adaptação com vistas a gerir, da melhor forma possível, os riscos e os impactos que esses processos provocam.
São inúmeros e complexos os desafios para a garantia do direito à educação frente às mudanças climáticas e em situações de emergências climáticos o primeiro desafio é o reconhecimento dos impactos das mudanças e emergências climáticas na educação e a definição urgente de um plano setorial de mitigação e adaptação no âmbito das Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas.
As estratégias de mitigação e adaptação aos fenômenos climáticos no campo da educação devem considerar como desafios:
Amélia Bampi I Comitê Rio Grande do Sul da Campanha
Ana Maria Felix Sartori I FEJARS e Comitê Rio Grande do Sul da Campanha
Andressa Pellanda | Coordenação Geral da Campanha
Geraldo Grossi I Comitê Mato Grosso da Campanha
Gilvânia Nascimento I UNCME e Comitê Diretivo da Campanha
Jhonatan Almada I Comitê Maranhão da Campanha
Letícia da Conceição I Comitê Pará da Campanha
Tânia Dornellas | Assessoria de Advocacy da Campanha
Vivian Melcop I UNDIME e Comitê Diretivo da Campanha