por Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID
O avanço da agenda de mudanças climáticas da região exige das pessoas habilidades que lhes permitam desfrutar plenamente de um estilo de vida sustentável e amigável ao meio ambiente, atuar como agentes de mudança em prol do meio ambiente, enfrentar os efeitos das mudanças climáticas em sua vida diária e ter acesso a empregos que contribuam para a transição rumo a economias de baixo carbono. No entanto, as poucas evidências disponíveis indicam que crianças e jovens não estão adquirindo essas habilidades e estão concluindo sua educação formal privados tanto dos conhecimentos, dos valores ou da capacidade de ação para enfrentar as mudanças climáticas como das habilidades necessárias para o acesso a empregos verdes. Soma-se a isso a maior frequência e intensidade de eventos climáticos extremos. Ademais, o aumento das temperaturas está afetando a continuidade e a qualidade da prestação de serviços educacionais, que não estão preparados para lidar com essas ameaças.
Com as metas de redução de emissões de GEE dos países, os sistemas educacionais não estão aproveitando as oportunidades para implementar estratégias verdes, o que lhes permitiria prestar um serviço educacional sustentável e ambientalmente correto. Por fim, e de maneira transversal, a educação não está incluída como setor prioritário nas estratégias climáticas, fazendo com que as ações climáticas nem sempre sejam priorizadas no âmbito da educação.
María Soledad Bos
Liora Schwartz