As mudanças climáticas exacerbaram a vulnerabilidade das populações mais pobres, criando um ciclo de intensificação da pobreza e acirramento das desigualdades sociais. A falta de condições socioeconômicas adequadas impede essas comunidades de se protegerem contra os impactos de fenômenos climáticos, levando a perdas de vidas, doenças e aumento da fome. Eventos climáticos extremos não apenas anulam melhorias nas condições de vida conquistadas ao longo dos anos, mas também podem levar essas populações a situações ainda mais críticas, ao perderem bens adquiridos com dificuldades financeiras.

Reconhecendo a grave intersecção entre mudanças climáticas e pobreza, o COEP coordenou a criação do Programa Mudanças Climáticas e Pobreza, em parceria com várias instituições acadêmicas e sociais. O programa possui dois eixos principais: sensibilização e mobilização de comunidades e pesquisa sobre a relação entre mudanças climáticas, desigualdades sociais e populações vulneráveis. A pesquisa abrange casos em diferentes biomas do Brasil e busca entender as repercussões dos eventos climáticos em comunidades que já vivem em vulnerabilidade.