por FIOCRUZ
O relatório fornece uma metodologia detalhada para a construção do Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), que visa sintetizar aspectos ambientais, sociais e de saúde sensíveis às mudanças climáticas no Estado do Rio de Janeiro. O IVM é uma ferramenta essencial para a incorporação de riscos climáticos nas políticas públicas, abrangendo um período de análise de 2010 a 2040. A estrutura do IVM é composta por várias métricas, incluindo o Índice de Vulnerabilidade Geral (IVG) e o Índice de Cenários Climáticos (ICC), que ajudam a entender a condição dos municípios sob os efeitos projetados das mudanças climáticas.
Este é o quarto relatório técnico referente ao Projeto “Vulnerabilidade Da População do Estado do Rio de Janeiro aos Impactos das Mudanças Climáticas nas Áreas Social, Saúde e Ambiente”, que tem como objetivo a construção de uma metodologia para a identificação da vulnerabilidade dos municípios do Estado do Rio de Janeiro (ERJ) aos projetados efeitos regionais das mudanças climáticas. Contém a descrição detalhada e a metodologia utilizada para gerar o Índice de Vulnerabilidade Municipal (IVM), a partir de índices parciais. Com o aumento das vulnerabilidades, como a exposição a desastres naturais e problemas de saúde, é crucial que as políticas públicas sejam baseadas em dados precisos e abrangentes.
A metodologia proposta busca não apenas oferecer uma visão clara da vulnerabilidade socioambiental, mas também servir como base para a formulação de políticas públicas eficazes. O objetivo é permitir que os gestores compreendam melhor as dinâmicas locais e implementem estratégias de adaptação que considerem as realidades específicas de cada município, fortalecendo a capacidade de resposta frente aos desafios climáticos.
Este texto apresenta uma abordagem metodológica para a criação de um Índice Composto de Vulnerabilidade Municipal, que visa facilitar a comparação entre diferentes municípios quanto à sua vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas. Os índices compostos integram diversas dimensões, como saúde, infraestrutura e condições sociais, simplificando a complexidade da realidade em um índice adimensional. A construção desse índice baseia-se em dados sistemáticos e na definição clara dos atributos a serem medidos, utilizando como referência metodologias desenvolvidas pelo Programa de Mudanças Ambientais Globais e Saúde da FIOCRUZ.
A vulnerabilidade é definida como a suscetibilidade de um sistema frente a variações climáticas, considerando fatores como exposição, sensibilidade e capacidade adaptativa. O texto também menciona que diferentes autores têm utilizado conjuntos variados de indicadores para medir essa vulnerabilidade, abrangendo aspectos de saúde, educação e governança. Além disso, destaca-se a importância de incluir informações de múltiplos setores para uma avaliação mais abrangente dos efeitos das mudanças climáticas sobre as comunidades.
Coordenação Geral
Martha Macedo de Lima Barata – D.Sc.
Coordenação Técnica
Ulisses E. Cavalcanti Confalonieri – D.Sc.